Instrumentos afinados, luzes preparadas, cenário montado. Era 20h, do dia 9 de fevereiro (quarta-feira), quando foram abertas as portas do SESC Jaraguá do Sul. O público de 34 pessoas acomodou-se em suas cadeiras e aguardaram Pablo, técnico de cultura, subir ao palco e anunciar ao show do lançamento do CD solo de Thiago Daniel. Caraca. Era eu. Eu não estava nervoso, ao que me parecia. Ansioso. De fato. No fim das contas deve ter o mesmo efeito num show.
Essa ansiosidade acabou me atrapalhando algumas vezes, como ter errado a letra de três músicas, ter desafinado algumas vezes... Vamos deixar as falhas, porque eu sempre falo dos erros de tudo? Como eu sou chato.
No camarim, muitas risadas antes do show, uma certa briga de “quem sobe antes no palco?”
Ao chamado, Darlon é quem dá o primeiro passo e sobe na escada (leia cadeira) e aparece no palco.
Darlon, o produtor musical do CD, segue na penumbra até seu banquinho, onde o violão o aguardava para deitar-se ao seu colo.
Boca é o segundo a subir na escada (agora você já deve ter lido cadeira no lugar, não é?) e segue até sua bateria. Onde começa a ajeitar no seu corpo e estantes os trocentos apetrechos que iria utilizar na primeira música.
Por fim, eu subi na cadeira (poxa vida, que legal agora você leu cadeira) que levava ao palco. Me dirigi até o banco central do palco e acomodei esperando o 1, 2, 3, 4... Esperei, mais um pouquinho. É... Os trocentos apetrechos ainda não estavam posicionados em seus devidos lugares, pescoço, mão esquerda, negócinho de barulhinho na máquina de chimbal, no meio dos dedos da mão direita, dentes, opa, dentes não, mas se eu der essa ideia pra ele, vai saber se numa próxima não terá. 1, 2, 3... Eita. Olha pra frente Thiago e tururum, tururum, turum...
Essa Manhã abre o show com todo o clima obscuro da iluminação, acrescentado com a percussão em clima de filme de terror, teve gente que falou no final “foi de dar medo”.
Eles Pensam, vem pra animar um pouco mais a plateia e a pausa sequencial, foi a hora da minha breve conversa com o público e a brincadeira com o pessoal da técnica para acender a iluminação na plateia.
Eu Aceito, Não Vou Fingir, Joia, e por aí vai todo o repertório do CD.
O ponto alto do show, pra mim e para algumas pessoas que vieram me falar, o momento corta-pulsos, segundo Pablo, foi quando no palco azulado, Darlon começa a tocar À Procura. Boca deixa o palco por alguns minutos.
Vi no rosto de algumas pessoas, os sorrisos no início da música, que foram sendo apagados aos poucos, até findar completamente. Foi pesado dessa vez.
Mesmo com os problemas que tivemos com o teclado e o computador, a música não foi tocada na tonalidade original. Aumentou apenas meio tom, mas meio tom é o suficiente pra enganar a voz que teima sempre ir para o semi tom abaixo. Argh! De novo falando defeitos... Voltaaaa...
Cara. Suei.
Foda. Estou esperando o próximo show pra cantar essa música de novo.
O show termina com Um Só, título do CD e do show. Ao final, ao me levantar pra agradecer a plateia, os aplausos 34 pessoas gritando: “Mais um, mais um, mais um...”
Estrela Cadente que havia sido deixada de fora da lista, acabou tendo que ser tocada. Deixei o violão de lado.
Darlon ficou me perguntando “como é essa música mesmo?”. Boca dizendo “Vamos tocar Essa Manhã de novo, eu não lembro essa”.
No final das contas Darlon diz, vamos ensaiar agora então.
E o show finda com Estrela Cadente. Eu fazendo mais um pedido para ela.
Que shows assim aconteçam ainda mais e mais.Obrigado ao público presente. Vocês realmente foram um presente.
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