Por Reginaldo Santos Lembro-me quando criança da curiosidade que me despertava aqueles homens de bigode e boina nas esquinas da cidade, com uma caixa coberta por um pano preto em cima de um tripé tirando fotos de transeuntes. O fotógrafo lambe-lambe (profissional quase extinto) mexia com nossa imaginação nas várias teorias que se desenrolavam em torno do que acontecia ali dentro, quando cobria a cabeça e tirava a foto era uma mistura mágica – metade homem, metade máquina – que se transformavam numa só coisa (monstro, desenho animado). A Cia. Artística Lamparina parece ter percebido a magia contida nessas caixas, rompem os limites do palco e levam o Teatro lambe-lambe a qualquer espaço que quiserem (desde que tenha um metro quadrado). Tudo que precisam é da curiosidade das pessoas, não importa a idade todos querem descobrir o que há entre a caixa e o manipulador. De maneira delicada e bem humorada os artistas contam pequenas histórias para uma pessoa de cada vez, u